Os smartphones tomaram conta do mercado e seja no sistema Android ou iOS, há uma infinidade de aplicativos voltados para as mais diversas tendências disponíveis para os usuários. Em um ambiente de competitividade cada vez maior e onde nem sempre os investimentos podem ser dos maiores, ter um cuidado especial com o design do app pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso do mesmo.
Pode parecer exagero, mas o design tem um valor ainda muito subestimado pelos desenvolvedores. Pense na seguinte opção, o usuário quer possuir um aplicativo para conferir a previsão do tempo em seu smartphone. Ele baixa dois aplicativos. O primeiro possui uma tela cheia de informações, confusa, com um visual arcaico e uma enorme quantidade de menus. O segundo é objetivo, clean, sem grandes detalhes e com poucos menus. Não há dúvida que o usuário irá optar pela segunda opção e, caso seu app possua imagens na loja de aplicativos, sequer chegue a ser baixado ao usuário perceber a pobreza visual do aplicativo.
A primeira impressão é a que fica e nesse aspecto, o visual é primordial para aproximar os usuários do aplicativo do desenvolvedor. Porém, não devemos nos limitar a experiência meramente visual ao falar de design, devemos pensar também na experiência do usuário, conhecida como User Experience (UX). O desenvolvedor deve se preocupar coma usabilidade das funções disponíveis no aplicativo. Uma grande quantidade de informações e funcionalidades podem enriquecer o app, mas devem ser postas com o devido cuidado na interface do programa, de modo a não o tornar confuso e fazer com que o exemplo anterior seja recorrente: a quantidade de funções é tão grande, que afasta o usuário.
Um modo de se compreender melhor a UX, é por meio da norma ISO 9241. Ela menciona que para medirmos o nível de usabilidade de um aplicativo, devemos nos pautar em três pilares básicos. O primeiro, é a eficácia, que fiz respeito ao aplicativo corresponder ao que promete ao usuário, ou seja, executar as tarefas possíveis de se realizar pelo app de forma correta e completa. O segundo pilar é a eficiência, que pode ser analisada do ponto de vista do usuário e do desenvolvedor. Pelo lado do usuário, é o aplicativo usar a menor quantidade de memória possível por exemplo,ao ser executado. Já pelo lado do desenvolvedor, devem ser pensados os custos envolvidos para que cada funcionalidade seja disponibilizada além, é claro, do tempo gasto no desenvolvimento de uma determinada função. O último pilar é a satisfação, que evidentemente diz respeito a compreensão (ou não) do usuário das funcionalidades disponibilizadas no app.
Em um mercado cada vez mais competitivo, é primordial que o desenvolvedor se atente a esses requisitos, o mercado de aplicativos é sem sombra de dúvida alguma um mercado prolífero e que se bem explorado, pode trazer bons retornos financeiros ou mesmo de publicidade (dependendo do foco do app). Mas para que o investimento não seja em vão, buscar uma maior eficiência e eficácia, bem como compreender melhor a experiência do usuário, principalmente observando atentamente os feedbacks dados pelos usuários do seu aplicativo, se faz essencial.